Essas famílias chegaram em canoas e acamparam numa ilha rochosa batizada, posteriormente, de Morro dos Índios, localizada na barra da Lagoa de Araruama. Neste local foi encontrado um sítio arqueológico que, hoje, nos permite saber mais sobre esses grupos.
O grupo nômade apenas retirava da natureza tudo que necessitava para sobreviver e tendo esgotado tais recursos abandonava o local.
Os Índios
Após este período a região foi conquistada por guerreiros indígenas Tupinambás, há cerca de 1500 anos atrás. Os restos arqueológicos destas aldeias indígenas foram encontrados na região de Cabo Frio (Araruama, São Pedro D’Aldeia e Arraial do Cabo), e mostram que os Tupinambás possuíam mais conhecimentos biológicos da região e dos | |||||||||||||||
mares costeiros, ricos em crustáceos, gastrópodes e moluscos. Por tudo isso o pescado tornou-se a base da alimentação tupinambá. Os índios desenvolveram também a horticultura de várias espécies, destacando-se, entre elas, o cultivo da mandioca. Muito importante como complemento alimentar era a caça, atividade exclusivamente masculina. O Morro dos Índios e a Duna Boavista seriam uma espécie de acampamentos de pesca e coleta de moluscos. A Fonte do Itajuru, próximo ao Morro da Guia, era na época, a única forma segura de abastecimento de água na restinga. Porém, o mais importante dos sítios da região e um dos mais relevantes do Brasil pré-histórico, está localizado no Morro da Guia. Formado pelo complexo de pedras sagradas do Itajuru ai foi encontrado o santuário da mitologia Tupinambá. Atravéz de sulcos e pequenos círculos esculpidos em blocos de granito preto, os Tupinambás contam as histórias de seus heróis e feiticeiros. Segundo eles, quando esses homens, que ensinavam, sobretudo, a amar a vida, morriam, eram transformados em estrelas, até que o sol os enviasse ao Atajuru, sob a forma de pedras sagradas, para serem venerados. Caso estas pedras fossem quebradas ou roubadas, todos os índios desapareceriam da face da terra.
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